JORNAL GAZETA DO POVO - 14/08/2008
Uma pesquisa após a outra confirma a forte liderança de Beto Richa na corrida eleitoral para a prefeitura de Curitiba. Ontem foi a vez do instituto Vox Populi, contratado pelo Jornal do Estado, divulgar que, se a eleição fosse hoje, Beto reassumiria a prefeitura com 74% dos votos. Gleisi Hoffmann, do PT, ficaria com 10% dos votos e Fabio Camargo, do PTB, com 2%. Os demais candidatos – como o Ibope de anteontem antecipou – não chegariam a 1%.
Com três pesquisas realizadas pelos mais respeitáveis institutos do país, todas apontando índices semelhantes, a performance de Richa deixou de ser surpreendente. Surpreendentes passaram a ser as posições dos demais candidatos, a começar pela de Gleisi, empacada no início dos dois dígitos. Fabio Camargo, embora com porcentuais que não ultrapassam os 4%, aparece acima das expectativas dos analistas. Mas o pior resultado, com que muitos não contavam, continua sendo mesmo o do candidato do PMDB, Carlos Moreira. A favor dele nem mesmo têm contado a tradição do partido e, muito menos, a suposta força eleitoral do padrinho exclusivo de sua candidatura, o governador Roberto Requião.
É este quadro que mais preocupa o PT, que alimentava a esperança de disputar o segundo turno graças à soma dos próprios votos com as dos demais concorrentes. Mas qual o quê. Por isso, o zero de Carlos Moreira é o fator que mais incomoda os estrategistas de Gleisi Hoffmann.
Eles esperavam fechar o primeiro turno com pelo menos 30% do eleitorado que somados a um desempenho melhor de Moreira e de Fabio Camargo poderiam decretar a decisão da eleição em segundo turno.
Aliás, esta sempre foi a estratégia do PT, que se limitou a uma aliança com dois partidos nanicos, que pouco contribuem com votos e horário na tevê, e aplaudiu o lançamento de muitos candidatos de oposição ao prefeito. Com isso, esperava tirar votos de Beto, impedindo-o de ultrapassar a barreira dos 50%.
Não é o que parece que vai acontecer, mas o PT ainda mantém a esperança de que, com o início do horário eleitoral gratuito, o cenário mude. A vinculação de Gleisi com a imagem do governo Lula e a borduna de Requião contra Beto Richa no espaço que deveria ser de Moreira são, agora, os trunfos com que o PT conta para virar.
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O desvio da discórdia
Objeto de desavenças que chegaram ao plano político, a polêmica construção de uma variante ferroviária no Paraná pode ter chegado ao fim. No início da semana, o secretário de planejamento do Ministério dos Transportes, Marcelo Perrupato, anunciou no Instituto de Engenharia do Paraná (IEP) que já há uma decisão: a variante não vai sair conforme pretendia a concessionária ALL e, sim, como defendem os engenheiros ligados ao IEP. A ALL, com o apoio do governo estadual, queria ligar a Ferroeste, a partir de Guarapuava, via Ipiranga, com a ferrovia Central do Paraná, explorada por ela. Pela proposta vencedora, a variante sairá de Guarapuava diretamente para Paranaguá, encurtando o caminho das cargas do Oeste em 120 quilômetros e a um custo muito menor.
Com três pesquisas realizadas pelos mais respeitáveis institutos do país, todas apontando índices semelhantes, a performance de Richa deixou de ser surpreendente. Surpreendentes passaram a ser as posições dos demais candidatos, a começar pela de Gleisi, empacada no início dos dois dígitos. Fabio Camargo, embora com porcentuais que não ultrapassam os 4%, aparece acima das expectativas dos analistas. Mas o pior resultado, com que muitos não contavam, continua sendo mesmo o do candidato do PMDB, Carlos Moreira. A favor dele nem mesmo têm contado a tradição do partido e, muito menos, a suposta força eleitoral do padrinho exclusivo de sua candidatura, o governador Roberto Requião.
É este quadro que mais preocupa o PT, que alimentava a esperança de disputar o segundo turno graças à soma dos próprios votos com as dos demais concorrentes. Mas qual o quê. Por isso, o zero de Carlos Moreira é o fator que mais incomoda os estrategistas de Gleisi Hoffmann.
Eles esperavam fechar o primeiro turno com pelo menos 30% do eleitorado que somados a um desempenho melhor de Moreira e de Fabio Camargo poderiam decretar a decisão da eleição em segundo turno.
Aliás, esta sempre foi a estratégia do PT, que se limitou a uma aliança com dois partidos nanicos, que pouco contribuem com votos e horário na tevê, e aplaudiu o lançamento de muitos candidatos de oposição ao prefeito. Com isso, esperava tirar votos de Beto, impedindo-o de ultrapassar a barreira dos 50%.
Não é o que parece que vai acontecer, mas o PT ainda mantém a esperança de que, com o início do horário eleitoral gratuito, o cenário mude. A vinculação de Gleisi com a imagem do governo Lula e a borduna de Requião contra Beto Richa no espaço que deveria ser de Moreira são, agora, os trunfos com que o PT conta para virar.
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O desvio da discórdia
Objeto de desavenças que chegaram ao plano político, a polêmica construção de uma variante ferroviária no Paraná pode ter chegado ao fim. No início da semana, o secretário de planejamento do Ministério dos Transportes, Marcelo Perrupato, anunciou no Instituto de Engenharia do Paraná (IEP) que já há uma decisão: a variante não vai sair conforme pretendia a concessionária ALL e, sim, como defendem os engenheiros ligados ao IEP. A ALL, com o apoio do governo estadual, queria ligar a Ferroeste, a partir de Guarapuava, via Ipiranga, com a ferrovia Central do Paraná, explorada por ela. Pela proposta vencedora, a variante sairá de Guarapuava diretamente para Paranaguá, encurtando o caminho das cargas do Oeste em 120 quilômetros e a um custo muito menor.
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