Após mais de três anos sem manutenção, o Canal da Galheta, que dá acesso ao Porto de Paranaguá, deve passar por uma dragagem de emergência. O governo do estado anunciou ontem a liberação da contratação da empresa Somar para a execução do serviço já a partir deste mês.
A companhia venceu um processo de consulta pública e receberá cerca de R$ 29 milhões para remover 3,7 milhões de metros cúbicos de sedimentos do canal.
De acordo com a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), a dragagem em caráter de emergência é necessária porque o assoreamento do Canal da Galheta se acelerou.
De acordo com a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), a dragagem em caráter de emergência é necessária porque o assoreamento do Canal da Galheta se acelerou.
Nos últimos quatro meses, o banco de areia avançou 54 metros, equivalente ao que foi verificado nos três anos anteriores. Antes disso, em 2007 e 2008, a Capitania dos Portos havia aumentado a restrição para a navegação em Paranaguá devido ao assoreamento.
Esta é a terceira tentativa da Appa para retomar a dragagem. Em 2006, a mesma Somar foi contratada para executar o serviço em caráter de urgência, mas a Capitania dos Portos negou autorização para que o material retirado do canal fosse depositado no local apontado pela autoridade portuária.
Esta é a terceira tentativa da Appa para retomar a dragagem. Em 2006, a mesma Somar foi contratada para executar o serviço em caráter de urgência, mas a Capitania dos Portos negou autorização para que o material retirado do canal fosse depositado no local apontado pela autoridade portuária.
No fim de 2007, a Appa lançou uma licitação internacional para o serviço e não encontrou interessados no mercado. Na época, a proposta do porto era um contrato de cinco anos para a remoção de 17 milhões de metros cúbicos, a um custo máximo de R$ 108,6 milhões. O preço, de R$ 6,35 por metro cúbico, era inferior ao que será pago à Somar, de R$ 7,99 por metro cúbico.
Na última tentativa de contratar uma draga, a Appa também foi alvo de uma ação judicial que contestava a licença ambiental que autorizava a obra.
Na última tentativa de contratar uma draga, a Appa também foi alvo de uma ação judicial que contestava a licença ambiental que autorizava a obra.
Proposto pelo deputado estadual Valdir Rossoni (PSDB), o processo chegou ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região, que deferiu um agravo de instrumento paralisando aquela licitação até que ficasse claro que todos os critérios ambientais foram seguidos no projeto de dragagem.
Depois da dragagem de manutenção, o Porto de Paranaguá deve passar por uma obra para aprofundar o Canal da Galheta para 16 metros. Nesse caso, o projeto está sendo feito em parceria com a Secretaria Nacional de Portos e também prevê mudanças no cais do porto. Com isso, Paranaguá passaria a receber navios maiores.
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