ESTOU PARTICIPANDO

sexta-feira, 20 de março de 2009

COMENTÁRIO EM TRÊS TEMPOS

PRIMEIRO TEMPO
Já se passou mais de seis meses que o Kleber por um ato de vingança - presume-se, subtraíra o INSS de nosso convívio, ou, por vergonha talvez, de ser flagrado, sentado outra vez naquela modesta cadeira de servidor público a carimbar guias de encaminhamento médico. O fato que nos chamou mais a atenção, é que ninguém protestou nada, a não ser, unicamente nós, por meio desses blogs, sem, entretanto, contemplarmos nenhuma resposta ou reação por parte deste mesmo povo lânguido que fora o mais vilipendiado em toda essa história. Que houve uma transformação degenerativa no conceito da maioria do nosso povo de uns trinta anos para cá, está na cara! A maior prova está aí, passou a admitir tudo na maior languidez, iguais os cordeirinhos, aceitando com placidez a imolação em ter que se danarem todinhos nessas viagens intermináveis e dispendiosas até ao INSS de Paranaguá, nos interiores desses ônibus viras-viras superlotados, e ainda por cima ter que enfrentar esses verões aí escaldantes. Essa gente não merece outra coisa, a não ser pagar o preço da sua omissão; da desunião que impera nessa sociedade; do egoísmo de cada um, em insistir em fazer valer a lei de Gérson; do desamor pela sua cidade; do desleixo em não querer reconhecer os seus próprios direitos de cidadãos e fazê-los valer – até quem sabe, por pura indolência mesmo?


SEGUNDO TEMPO
Foi assim pela impudência desse povo, que os políticos parnanguaras impuseram sem maiores problemas o atrelamento dos portos antoninenses as suas vontades; que Morretes se apropriou do nosso barreado e da nossa história, e vende a nossa baia aos seus turistas gastronômicos como se fosse extensão do seu próprio território, e, por conseguinte, apregoam em todos a cantos que a estrada da Graciosa fora construída para ela. Impregnou-se na cultura dessa gente, que se o prefeito não cumprir o que prometera fazer durante os quatro anos de seu mandato, ao término deste a gente muda – a que ponto se chegou. Vivemos numa sociedade surrealista, ou atingimos o ápice da inversão dos valores morais tão levado a sério em tempos de outrora. Não seria a hora de fazermos reviver a aplicação do slogan do presidente Emílio Garrratazu Médice, tão difundido na segunda metade dos anos 60, no período mais recrudescido da ditadura militar – Brasil, ame-o ou deixe-o – que bem poderíamos traduzi-lo a este povo – Antonina, ame-a...


TERCEIRO TEMPO
A falta de ânimo, a indolência desse povo, está levando a todos nós ao descrédito, haja visto que o Bacucu já manifestou juntamente com o blog do Bó e o próprio blog do Reginaldo a revisão de nossas condutas no que tange ao nosso trabalho de esclarecimento, informações, de críticas, etc. Infelizmente não aferimos nenhuma reação a não ser em alguns comentários esporádicos de anônimos, que também não podemos levar em consideração, pois não se identificam. Precisamos sim, de uma sociedade que mostre a cara, assine em baixo e que se prontifique a fazer. Que digam: se tivermos que nos reunir que nos convoque! Que cada um leve consigo seus amigos, só assim formaremos um exército poderoso - aí eu quero ver esses políticos enganadores fazerem coisas erradas como até agora vêem fazendo sem que haja uma sociedade vigilante para coibi-los. Se tiver que fazer alguma coisa por vocês e por essa terra tão enganadas por esses falsos filhos que depois de ascender o poder os relegam ao esquecimento e suga-lhes o sangue - que façamos nós agora, pois deles já não podemos mais esperar nada. Se o povo não reagir em busca de readquirir a sua cidadania, então não nos restará outro caminho a não ser parar por aqui.


POR: NERVAL PEDRO PIRES DA SILVA

Um comentário:

Anônimo disse...

... então não nos restará outro caminho a não ser parar por aqui.

Olá Nerval.

Se me permite...
Nem pensar!!! Se esta frase estiver se referindo ao texto de hoje, tudo bem.
Agora se você está querendo dizer “jogar a toalha”, “abandonar o campo de batalha”, nem pensar, mesmo.
É isso que os críticos anônimos querem. Que as poucas vozes que têm a coragem de protestar, se calem. Não façamos tal jogo.
Mesmo porque quem critica sem se identificar não merece ser ouvido, muito menos comentado.
Uma coisa que percebo é que embora os Blogs sejam bastante acessados, ainda não atingem a todas as camadas dos antoninenses que na maioria das vezes estão alheios aos comentários exibidos. O computador é uma excelente ferramenta, porém, ele por si só é insuficiente para atingir todas as pessoas.
A mudança que toda a sociedade anseia tem que partir da base da pirâmide social unida e essa união só se dará a partir do momento em que todas as camadas sociais se proponham a pensar e agir de maneira uniforme.
Esse é o trabalho a ser desenvolvido, um trabalho de formiguinha envolvendo o maior número possível de cidadãos, bairro a bairro. Falando em bairro ainda não percebi nos Blogs as vozes dos representantes dos bairros expondo seus pontos de vista e anseios dos moradores. Os problemas quando abordados por quem os vive, são melhores compreendidos. Que tal se os Blogs abrissem um espaço para “A voz dos bairros”?
Quem sabe se uma oportunidade como essa não despertaria nos antoninenses o gosto pela participação nos acontecimentos da cidade.
Desculpe se me alonguei, mas é difícil tomar conhecimento das coisas e ficar alheio a elas.
Um grande abraço a todos.