Julgávamos que a transparência seria a condição principal e permanente deste governo eleito desde outubro do ano passado, dado o tom incisivo com que o candidato pronunciava os seus discursos em todas as ocasiões que se fazia presente.Nesse mesmo diapasão, soava também clara e cristalina a disposição de se promover a auditoria tão ansiada pela maioria dos capelistas.
No que tange ao cabide de empregos, nepotismo, essas coisas todas, “never”!! Isso nem pensar , ele já tinha inclusive mandado recado, endereçado a sua companheira, num dos seus arroubos lá pelas bandas da Ponta da Pita.Canduca é esperto, ele sabia que ao optar por essa forma de discurso, estaria cooptando de vez toda a classe esclarecida local.
Quanto às demais viria por gravidade, igualzinho, igualzinho como fizera o seu antecessor. Se ele conseguiu enganar essa classe, o que diríamos então das outras?Seguidamente sou cobrado por alguns afoitos anônimos, ao dizerem, que por ocasião da campanha eleitoral, teria eu rasgado sedas em seu favor, enfatizando coisas mirabolantes ao seu respeito.
O que não é verdade! Disse sim, que ele era esperto, e pelo o que sei, esperteza não o qualifica de virtuoso - esse adjetivo está mais para defeitos espíritos do que para outra coisa. Como eu já disse em comentários anteriores e torno a repetir aqui, nós precisávamos mudar esse modelo de política imposta pelos espertalhões de plantões, e sobre tudo, substituir os nossos corruptos dirigentes. E o único apresentava verossimilhança de oposição, entre os que pululavam por aí, embora não muito convincente, era ele – excluindo é claro e com méritos, o Fernando Matarazzo, que sabíamos de antemão que não teria chance alguma de se eleger, muito embora nos parecia ser o melhor de todos os candidatos quilometricamente.
Quero deixar bem claro de uma vez por toda, que não foi o nosso grupo que o escolheu. Ele já veio definido pelo seu partido, assim como o Kleber, a Munira, e o José Luiz. E, como as regras do jogo já estavam previamente definidas, não nos restou outra escolha a não ser apoiá-lo. Essa mesma regra frisamos, serviu nas eleições anteriores também. O povo, o povo mesmo, não escolhe ninguém, somente chancela nas urnas o apontado por uma minoria muitas vezes descompromissada com os reais interesses da cidade, são os interesses escusos que prevalecem nesse esquema todo, o povo que vá obrigatoriamente por força de uma lei arcaica, oficializar nas urnas as sacanagens desses políticos inescrupulosos.
Foi o que exatamente ocorreu com a candidatura do Canduca, acertos de partidos em bastidores, dinheiro como moeda de troca de cargos e privilégio que propiciara montagem desse bloco que aí está, e o resultado estamos a assistindo pávidos.Todos estão na expectativa que após os três meses de inércia dessa turma que aí estão, empoleirados no poder com polpudos salários, por puros interesses de seus bolsos, que o Canduca acorde e comece a trabalhar sem mais perda de tempo, promovendo urgente um mutirão para deixar a cidade limpa.
Isso se incluem na retirada também dos cães das ruas e praças, assim como essa turma do litro que aumenta dia a dia na praça Feira-Mar o cartão de visita mais belo que temos a apresentar aos nossos turista. Já que não se pode esperar mais nada do alcaide e dessa trinca de secretários incompetentes, que pelo menos se promova a limpeza da cidade, que eu acho que com um pouquinho de boa vontade da para fazer.
(Nerval Pedro é escritor e comentarista)
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