Por Nerval Pedro Pires da Silva
“O inteligente se reabilita dos seus erros mais depressa do que aquele que é acanhado de espírito e curto de imaginação” – Malba Tahan.
Nós que escrevemos para os Blogs antoninenses, nos Sites e Jornais, somos às vezes surpreendidos por certo tipo de críticas recheadas de repreensões injuriosas, desferida por uma classe reduzida de pessoas, pelo simples fato de criticarmos a administração pública municipal. São pessoas que, lamentavelmente padecem por falta de conhecimento dos fatos histórico ocorrido em nosso município. Adeptos do puxa-saquismo ignóbil que enoja e corrompe; que por esperteza confundem a democracia.
Da doença de querer de qualquer forma desconstruir os que querem levar ao povo um grau de conhecimento mais substancioso dos fatos e problemas que os afetam no dia-a-dia, devem mesmo estes assim proceder, pela insatisfação de carência de predicados em sua alma – pois chegam ao ponto de nivelar por eles as pessoas possuidoras de nobreza de caráter. Todas as críticas que fazemos nos veículos de comunicações, provém, unicamente, da ação manifesta da alma - da vontade ferrenha que os nossos governantes acertem! Somente isso, nada mais que isso. Antonina não suporta mais o atraso a que lhe fora imposta. Não somos adeptos da popular critiquice não, como querem estes nos impingir a todo o custo da crítica infundada, do simples hábito de criticar uma depreciação deformada do criticismo, esta sim, como doutrina filosófica, que antes, porém, ao fazê-la, examina, conclui, estabelece possibilidades, e sem análise, nada aceita.
Somos, antes de tudo, por essa tendência, que consiste em fazer da teoria do conhecimento a base de toda a indagação filosófica. Por conseguinte, nós a sustentamos na inalienável pratica da responsabilidade, sem, todavia, ferir indivíduos ou crenças, mas, sim, dentro dos parâmetros de civilidade, e, até onde nos faculta a própria constituição.Os nossos ingentes desejos, ao invés de estarmos aqui nessa dolorosa tarefa de apontarmos falhas e omissões, era nos rejubilarmos juntamente com este povo por cada ação acertada dos nossos dirigentes. Sobre tudo, por que fomos nós que o elegemos, na crença que ao investir-se do cargo, fosse por em prática tudo que prometera em reuniões das quais participamos, e nos palanques armados nas praças públicas nas quais presenciamos.
Nunca pedimos nada a quem quer que fosse o candidato, muito pelo contrário, pois, achamos uma visão completamente deturpada à questão de cargos na prefeitura, mas sim, de gerenciamento de uma política voltada ao desenvolvimento da cidade e de seu povo, através de um urgente projeto de implantação de indústrias; do turismo; da educação reformulada e levada a sério; da cultura em mãos de quem entende. Isso, já por si só, pressupõe a infalibilidade das nossas argüições às ações dos nossos dirigentes municipais.
Nada aqui é pessoal nem muito menos profissional, mas sim, uma questão de pura sobrevivência! Nós, micros-empresários, não estamos suportando mais a escassez de atividades que impulsionem a economia do município. Já se passa um ano desde as eleições, e ninguém viu absolutamente nada que nos anime e nos devolva o otimismo e a tranqüilidade que sempre caracterizou o empresariado capelista. Nossas últimas esperanças estão agora voltadas para que nesse segundo ano de mandato, o nosso dirigente mor, reveja sua visão equivocada de administrar, e comece, substituindo os que nada acrescentaram, e exigindo dos novos convocados, um projeto que recomponha todo o tecido comprometido da administração, carcomido pelas chagas do imobilismo, da descrença e das inutilidades.
Os nossos dirigentes têm tudo, e ainda lhes sobram tempo para aplainar essa situação desconfortável criada junto ao povo, circunstanciada pela inoperância e a insensatez que tem norteado esta administração. Para o alívio destes, não estamos em nenhuma Argentina, onde possa o povo se rebelar contra as atitudes insensatas das autoridades. Nem, infelizmente, numa Antonina dos anos 50, que bastou algumas mirabolices do prefeito, o advogado Ivo Silva - que uns homens das estaturas de um Oscar Pires da Silva; de um Quinco Simão Ferreira; de um Alfredo Jacob, e outro como um César Mussi, que num ato inusitado de determinação e coragem, redigem-lhe sua renúncia e o afastam.
Mesmo porque, os exemplos que tranqüilizam, e que os tornam mais audaciosos, (nos referimos àqueles que estiveram aqui no poder recentemente, e o que está no presente agora) advêm do ápice da pirâmide dos poderes desmoralizados desta república, que continuam fazendo o que bem entendem diante de um povo apático e acovardado. Quanto a esses volúveis defensores deste “status quo” que está ai sendo regido sob a batuta do Sr. Burgo-mestre, (longe de serem comparados ao destemido Paladino, cavaleiro de Carlos Magno) que, simultaneamente, defendem também de certa forma os seus inconfessáveis interesses particulares, sugerimo-los, que podem dormir tranqüilos, que não será pelas criticas que aqui formulamos que destronaremos a sua galinha dos ovos de ouro. Afinal, não estamos com essa corda toda, né?
(Nerval Pedro é escritor e comentarista)
Nenhum comentário:
Postar um comentário