REPORTAGEM DA SEMANA
O Supremo Tribunal Federal tomou o centro do palco político em Brasília ao dar sinais de que pode punir exemplarmente o uso de caixa dois em campanhas.
Os oráculos da política fingem não ter entendido o recado da Justiça
Por : Diego Escosteguy
A dona de casa Francisca Gonçalves Lima tem 31 anos, quatro filhos e um teto na cidade de Recanto das Emas, na periferia de Brasília. Ela deve 200 reais de aluguel. Há uma semana, temendo ser despejada, Francisca sofreu um colapso nervoso - e, num ato de atroz desespero, pingou veneno de rato no suco dos filhos. Em seguida, ingeriu a dose restante. Todos, felizmente, sobreviveram. Francisca está internada, sob escolta policial. Francisca é uma cidadã comum. Quando deixar o hospital, será presa. Pela lei de Deus, ela pecou. Pela lei dos homens, ela será punida.
Esse é o mundo dos brasileiros sem privilégios. A 30 quilômetros do barraco de Francisca, protegidos pelo confortável manto dos poderes da nação, há uma casta de homens e mulheres que não se submete às mesmas leis e aos mesmos costumes. São os políticos, ou os "incomuns" - aqueles que, como bem explicou o presidente Lula ao defender as ilegalidades cometidas pelo senador José Sarney, "não podem ser tratados como pessoas comuns". Sob o infalível perdão do presidente, eles continuam cometendo toda sorte de transgressões, algumas aparentemente pequenas em dolo, como enganar os idosos com promessas de reajuste de pensão, outras em escala, como a constante tentativa de afrontar as leis vigentes.
Ao contrário dos homens comuns, eles não creem que possam sofrer sanções morais, legais e muito menos políticas. Na Divina Comédia, o poeta Dante Alighieri percorre os círculos do Inferno para conhecer os pecados do mundo. Os gabinetes da Esplanada dos Ministérios oferecem excursão semelhante. Em Brasília, ele descobriria que tudo é permitido. A ilustração que abre esta reportagem, inspirada em uma obra do século XV, foi adaptada para exibir os sete pecados capitais de nossos homens públicos incomuns de nossa capital incomum. Na semana passada, esse sistema cínico, de cuja ética relativa apenas poucos e bons escapam, sofreu um choque de realidade. O Supremo Tribunal Federal (STF) começou o julgamento do chamado "mensalão mineiro", que tem como principal implicado o senador tucano Eduardo Azeredo. Ele é acusado de ter recorrido aos favores financeiros nunca desinteressados do hoje notório Marcos Valério, "o carequinha que fazia chover dinheiro" na expressão memorável do petebista Roberto Jefferson. O ministro Joaquim Barbosa, relator do caso, encontrou indícios suficientes para recomendar a abertura de processo criminal contra o senador.
A decisão do STF, que ainda precisa ser confirmada pelos demais ministros, mostra que, ao contrário do que alguns políticos gostariam, nem tudo está controlado. Joaquim Barbosa, durante o julgamento, chegou a sugerir que o caso do senador tucano fosse analisado simultaneamente com seu similar mais famoso, o mensalão petista - esquema milionário de desvio de recursos públicos idêntico ao dos tucanos, mas ampliado pelo governo Lula para também subornar congressistas. Juridicamente, a ideia parece inexequível, mas sua simples proposição revela a disposição da Justiça em condenar e punir a gênese dos grandes escândalos de corrupção: o caixa dois dos políticos.
Apesar dos sinais claros, há gente que ainda insiste em tentar trafegar na contramão. Na semana passada, o presidente do Congresso, o senador José Sarney, demonstrou que ainda não entendeu o recado. Ele decidiu ignorar uma decisão do Supremo, que determinara a cassação do senador Expedito Júnior, do PSDB de Rondônia, por compra de votos. Candidamente, quando o senador Cristovam Buarque subiu o tom e sugeriu que ele fosse preso por dar de ombros à mais alta corte do país, Sarney saiu-se com um gracejo: "Ah, é? Peço que não me levem cigarro na prisão porque não fumo, mas que me confortem". Um dia depois, voltou atrás, não por sua iniciativa, mas por decisão do próprio Expedito Júnior, que retirou um recurso impetrado com o único propósito de protelar seu afastamento. O caso foi resolvido, mas ficou o perigoso rastilho da intenção de afrontar a Justiça.
Pode-se argumentar que a ética sempre esteve, e talvez sempre estará, distante da política - ainda mais no Brasil. A história dá alguma razão a quem pensa assim. Na Grécia antiga, onde floresceu a experiência democrática, já havia severas restrições ao comportamento dos governantes. Na obra A República, o filósofo ateniense Platão comparou a praga dos políticos mal-intencionados a zangões: eles confiscavam os ricos por meio de altos impostos, serviam-se do que podiam e distribuíam os restos às massas.
O Brasil sempre conviveu com um enxame de gordos zangões, que, desde a redemocratização, assomaram na vida pública do país fazendo muito barulho. O imortal José Sarney, o primeiro presidente depois do período militar, estendeu por um ano o próprio mandato e ainda viu uma CPI no Congresso debruçar-se sobre as mutretas de seu governo. Eram tempos nos quais o então deputado Lula qualificava Sarney de "o maior ladrão da República". Seu substituto, o iracundo Fernando Collor, barbarizou tanto em dois anos de governo que o Congresso o derrubou, por meio de um inédito processo de impeachment. O tucano Fernando Henrique Cardoso, recorrendo à sua base de apoio no Parlamento, mudou a Constituição para poder se reeleger - e foi acusado de comprar votos para isso. O Congresso, o espaço de disputa política por excelência, criou CPIs, descobriu malfeitorias e cassou anões do Orçamento, deputados escroques, parlamentares enrolados com empreiteiras...
Tempos em que havia reprimendas. Se não jurídicas, ao menos políticas. Queimava ainda uma réstia de decoro, representada, sobretudo, no chuço empunhado com vigor pelo PT, Quixote disposto a atacar os gigantes da política para demonstrar o valor de seus ideais.
Quando Lula e o PT assumiram o governo, logo ficaram amigos dos gigantes. Sobrevieram os pequenos escândalos, como quando a então ministra Benedita da Silva usou dinheiro público para ir rezar na Argentina. Em seguida apareceram escândalos como o do petista Waldomiro Diniz, assessor do ex-deputado José Dirceu, pilhado achacando um bicheiro.
Quando Lula e o PT assumiram o governo, logo ficaram amigos dos gigantes. Sobrevieram os pequenos escândalos, como quando a então ministra Benedita da Silva usou dinheiro público para ir rezar na Argentina. Em seguida apareceram escândalos como o do petista Waldomiro Diniz, assessor do ex-deputado José Dirceu, pilhado achacando um bicheiro.
Era o prelúdio da mãe de todas as decepções éticas: a insólita odisseia do mensalão. Era inacreditável, mas era verdade: o PT havia comprado, com dinheiro sujo, o apoio de deputados dos partidos aliados. Lula saiu em defesa dos seus, dizendo que o "PT havia feito o que sempre se fez sistematicamente no Brasil". Encontra-se ali o ponto de inflexão na prática política do país, o momento no qual a tradicional cultura do favor e da transgressão na esfera pública perde seu único anteparo. Sobrou somente o trauma - e a ética dos incomuns. Diz o filósofo Renato Janine Ribeiro, da Universidade de São Paulo: "Desde então, a política ficou à deriva. O país ainda não se recuperou da perda do referencial ético simbolizado pelo PT".
O triunfo do cinismo pôs em marcha o declínio inexorável da boa prática política. No Congresso, liberou geral. A Câmara absolveu mensaleiros, cassou outros e alguns destes foram eleitos novamente. Numa prova do profundo abismo que separa a ética dos cidadãos da ética dos incomuns, o deputado José Genoíno, que era presidente do PT na época do mensalão, subiu à tribuna da Câmara na semana passada para discursar contra o projeto que proí-be a candidatura dos políticos ficha-suja (aqueles que têm condenação criminal).
Disse Genoíno: "Hoje, você é culpado até que prove a sua inocência". Antes do ocaso da ética na política, um discurso como esse, concorde-se ou não com seu conteúdo, seria impensável. Há abundância de exemplos. No mesmo dia em que Genoí-no perorou na tribuna, a Câmara absolveu dois deputados que vendiam as passagens aéreas de sua cota. Essa ética não é uma abstração. Ela produz efeitos reais e perversos para o cidadão comum. Ainda na semana passada, os aposentados descobriram isso amargamente. O governo se pronunciou a favor do projeto que vincula o reajuste de aposentadorias e pensões ao salário mínimo. Lula incentivou o projeto, mas, como a nova lei traria prejuízos aos cofres públicos, mandou que a base do governo impedisse a aprovação - no que foi docemente obedecido.
O principal método empregado por Lula para afirmar a ética dos incomuns é sua prolífica língua. Dia sim, outro também, o presidente arenga diretamente às massas, num diálogo sem intermediários que lembra o populismo de Getúlio Vargas. Suas mais recentes investidas deram-se contra a imprensa e o Tribunal de Contas da União. Incomodado com as críticas que recebe nos jornais, Lula afirmou que "o dever da imprensa é informar, não fiscalizar". Engano. O dever da imprensa, numa democracia liberal, é também o de fiscalizar o governo. Na mesma linha, o presidente criticou duramente as auditorias do TCU, que tem determinado a paralisação de obras do governo com evidências de irregularidades. As declarações sugerem que a ética de Lula costuma contrariar o princípio democrático da crítica. Na obra A Sociedade Aberta e Seus Inimigos, o pensador Karl Popper, um dos maiores teóricos da democracia, escreveu: "Os democratas que não veem a diferença entre uma crítica amigável e uma hostil estão imbuídos de espírito totalitário.
O totalitarismo, sem dúvida, não pode considerar qualquer crítica como amigável, uma vez que qualquer crítica de uma autoridade deve desafiar o próprio princípio da autoridade".
Essa nova plataforma ética dos incomuns deve muito ao presidente Lula. Ainda no século XIX, a república brasileira assentou-se sobre o presidencialismo, uma forma de governo que favorece o personalismo dos governantes e a emergência de líderes carismáticos. A tradição autoritária da cultura brasileira conduziu ao modelo político atual, no qual o poder se concentra inteiramente nas mãos do presidente. Diz o filósofo Roberto Romano, da Universidade Estadual de Campinas: "Nessas condições, o líder se torna um messias, os políticos próximos a ele tendem a imitar seu comportamento. Assim, ele vira um mito. Qualquer crítica ao líder carismático, portanto, vira blasfêmia". A influência moral de Lula é tamanha que até a oposição mimetiza suas atitudes. Eduardo Azeredo, no decorrer do julgamento, disse que não sabia sobre o esquema - como o presidente fizera no escândalo do mensalão. Quando enfrentar seu julgamento por tentativa de homicídio, Francisca, a cidadã comum que envenenou seus filhos num acesso de loucura, não terá como alegar que não sabia. Ela poderá pegar até trinta anos de prisão. Seus filhos crescerão sem mãe. É assim no mundo das pessoas comuns.
Com reportagem de Otávio Cabral
Essa nova plataforma ética dos incomuns deve muito ao presidente Lula. Ainda no século XIX, a república brasileira assentou-se sobre o presidencialismo, uma forma de governo que favorece o personalismo dos governantes e a emergência de líderes carismáticos. A tradição autoritária da cultura brasileira conduziu ao modelo político atual, no qual o poder se concentra inteiramente nas mãos do presidente. Diz o filósofo Roberto Romano, da Universidade Estadual de Campinas: "Nessas condições, o líder se torna um messias, os políticos próximos a ele tendem a imitar seu comportamento. Assim, ele vira um mito. Qualquer crítica ao líder carismático, portanto, vira blasfêmia". A influência moral de Lula é tamanha que até a oposição mimetiza suas atitudes. Eduardo Azeredo, no decorrer do julgamento, disse que não sabia sobre o esquema - como o presidente fizera no escândalo do mensalão. Quando enfrentar seu julgamento por tentativa de homicídio, Francisca, a cidadã comum que envenenou seus filhos num acesso de loucura, não terá como alegar que não sabia. Ela poderá pegar até trinta anos de prisão. Seus filhos crescerão sem mãe. É assim no mundo das pessoas comuns.
Com reportagem de Otávio Cabral

5 comentários:
Isso é o resultado do poder o LULA
criticando o TCU.a imprensa,e por
muitas vezes o Judiciário,quem diria
o ex radical e ex moralista hoje esta
bem flexivel ,as pessoas tem que
entender que se o Brasil hoje esta em uma situação estável, com certeza
o governo Lula tem seus méritos,mas
deve ser lembrado também que este governo é o que mais cobra impostos
em todos os tempos,e o grande fator
estabilizador do Brasil foi a criação
do Plano Real,que só para lembrar
o Lula e o PT eram ferozes críticos.
O fato é que recebemos uma herança cultural nefasta. Fomos colonizados por ladrões, degredados e toda uma escória cujos valores deturpados se transmitiram por gerações e parecem ter prevalecido sobre aquilo que de bom herdamos de Portugal.
Nossa situação é um quadro sombrio que quanto mais analisamos, mas descobrimos que estamos num grande labirinto sem saída.
Mudar uma cultura demanda pesado investimento no ensino e na educação ao longo de gerações.
Mas políticas públicas sérias não brotam espontaneamente.
Assim caímos num ciclo vicioso difícil de ser quebrado.
Somos um país governado por corruptos porque não fomos capazes de formar quadros para ocupar postos na administração pública e não somos capazes de formar quadros de gente decente porque somos governados por corruptos que não sabem e não desejam implantar políticas públicas para ao longo de algumas gerações depurar a sociedade.
Nossa evolução lamentavelmente só virá à custa de muito sofrimento e dor.
O despertar da cidadania será forjado por mortes do povo em filas de hospitais públicos que negam saúde, por balas perdidas que encontram seu destino em gente inocente, pela fome, pela morte por dengue, pelo ensino negado e outras pragas que assolam o país.
É triste que estejamos nesse labirinto e que de forma genérica só aqueles que viram a morte ceifar seus entes passem a se indignar de forma menos passiva.
Nesse momento esse parece ser o único caminho para saída do labirinto sombrio no qual estamos perdidos.
É um desalento não podermos prometer nada melhor a nossos filhos e às próximas gerações.
Muitas vezes o cidadão comum fica se perguntando: Como que o governo arrecada tanto imposto e parece nunca se satisfazer? O brasileiro trabalha mais de quatro meses somente para pagar impostos e a saúde anda mal, educação de péssima qualidade, faltam recursos para segurança, moradia, etc., etc...
Hoje na verdade, a sociedade tornou-se escrava do Estado, uma escravidão moderna, onde o cidadão trabalha, produz as riquezas e dá para seu ?Senhor Estado?. Por uma taxa de impostos muito menor os brasileiros se rebelaram contra Portugal. Hoje tornamos escravos de nós mesmo por ser indiferente à política e não se interessando pelo que fazem nossos governantes.
Pois bem, porque quanto mais o país, estado, município arrecada, mais faltam recursos? Isto se deve por um fator único que se chama corrupção do Estado, isto é, na maioria dos municípios, estados e governo federal a corrupção é deslavada. Enfim, parte de nossos governantes e seus diretores de vários escalões nos roubam descaradamente.
Há inúmeras maneiras de corrupção e gostaria de colocar uma delas para entendermos um pouco. Vou descrever como ocorre a corrupção em licitações públicas.
Primeiramente o executivo nomeia um diretor de licitação de sua confiança e que seja propicio à corrupção, a partir daí, inicia uma estrutura para que possa construir um organograma para que todo o desvio de recursos seja feito dentro da lei.
O primeiro passo é ter alguém que se disponha a ser o laranja (pessoa a qual será usada para a corrupção). Pois bem, a partir deste encontrado, cria-se uma empresa a qual será fornecedora dos órgãos públicos, participando de licitações onde o esquema já está planejado.
Como há muita burocracia para aqueles que participam de licitações, isto torna-se um facilitador, pois, grande parte de empresas que participam de licitações públicas por desleixo, falta de conhecimento, ou falhas de seus contadores acabam não apresentando todos os documentos exigidos em tempo hábeis No entanto, a empresa laranja está com toda documentação em dia.
Como foi colocado acima, quando se abre as licitações muitas empresas são descartadas por falta de apresentação de documentos; outras são descartadas por alguma outra situação criada pelo corruptor e assim, o esquema acontece até que finalmente a empresa laranja seja a contemplada, sobrando à empresa laranja de preços já subfaturados, que na maioria das vezes, são apenas escritórios de compra e venda. A partir de solicitações do poder público, a laranja faz cotação no mercado fazendo apenas transações de notas e encaminhando a compra ao fornecedor (prefeitura, estado ou município). Enfim, a diferença entre a compra e o valor ganho pela licitação é rateada entre os envolvidos no esquema ? é comum muitas vezes nem o produto ou serviço licitado ser entregue ou prestado, mas apresentação de notas fiscais comprovando a transações.
Outro esquema comum de corrupção que ocorre da mesma forma, é a terceirização de veículos de transporte. São comuns muitas empresas ganhadoras não terem sequer um veículo, apenas possuindo uma empresa de transporte legalizada em nome de laranjas, que após ganho licitação contratam empresas as quais foi sua concorrente com preços totalmente abaixo; não do mercado, mas sim licitado. Enfim, é por isso que quanto mais o país arrecada, não se consegue ver melhoria de qualidade de vida da população.
Citei dois exemplos clássicos de corrupção, imaginamos tantas outras formas de corrupções há como, por exemplo, as que estão ocorrendo em Organizações não governamentais criadas com estes fins? E isto ocorrendo em todos os órgãos públicos e em todas as esferas de governo.
O problema da corrupção no Brasil já chega a ser cultural. Uma vez presenciei a seguinte cena: Numa fila para pagamento de despesa de restaurante vi duas pessoas comentando com severas críticas a atuação dos políticos brasileiros no que diz respeito às falcatruas, propinas, etc. Qual não foi a minha surpresa quando chegou a vez dessas pessoas passarem pelo caixa e os dois pedirem ao funcionário do restaurante: "Faz uma nota de R$45,00 prá cada um como despesa e por favor, não inclua nossas cervejas". (cada um tinha gasto só R$20,00) Deu prá entender? As pessoas se acostumaram a ver corrupção só no meio político e com isso estão perdendo a noção de honestidade e cidadania. Não estou aqui para defender a classe política, estou apenas colocando uma situação preocupante no ar. Nossa consciência está ficando muito relaxada, e isso não é nada bom.
A cara do zé dirceu diz tudo. Os incomuns, tem ética e moral incomum.
Essa conversa de honestidade, hombridade, fidelidade, coerência, ética, moralidade, boa fé, e não sei mais quantos penduricalhos inventaram pro 'zé povinho' ser submisso, de boca fechada e pagador de impostos, não e aplica aos 'nobres da corte, seja a corte de Brasilia, seja a corte de Curitiba, seja o cortícula de Antonina'... "... Toma, povo, que o relho é bom"
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