Municípios que tiveram redução do número de habitantes no Censo 2010 vão contestar dados.
Fonte: Agência Brasil - Thais Leitão
No Rio de Janeiro, alguns dos municípios que tiveram redução no número de habitantes entre os anos de 2000 e 2010 se preparam para contestar os dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Na última quinta-feira (4), foram disponibilizadas informações preliminares do Censo Demográfico 2010, com a população residente em cada um dos 5.565 municípios brasileiros neste ano. Ao todo, foram recenseadas 185.712.713 de pessoas no país.
No Rio de Janeiro, onde a população total passou de 14.391.282 para 15.180.636 em uma década, pelo menos dez dos 93 municípios tiveram redução no número de habitantes no período. Em Petrópolis, na região serrana, por exemplo, em 2000 havia 286.537 moradores; em 2010, esse contingente passou para 277.816, o que significa quase 9 mil habitantes a menos.
O secretário de Desenvolvimento Econômico do município, Nelson Sabrá, informou que a prefeitura está reunindo dados de diversas entidades locais para enviar a contestação formal ao IBGE nos próximos dias. De acordo com ele, há uma “clara incoerência”.
“Pelos nossos cálculos, o município já teria cerca de 315 mil habitantes. Só de eleitores, temos 240 mil, além de contabilizarmos mais de 80 mil jovens nos ensinos fundamental e médio. Estamos reunindo todos os dados, inclusive o cadastro de clientes da Ampla [concessionária de energia elétrica], que somam 176 mil, para contestar os números do IBGE”, disse.
Segundo ele, que disse não entender o que motivou essa diferença nos números, a redução do contingente populacional poderia trazer vários prejuízos para a cidade, principalmente no repasse pela União dos recursos do Fundo de Participação dos Municípios, cujo percentual é determinado com base na média populacional.
Além de Petrópolis, há outras prefeituras fluminenses que pretendem contestar os dados oficialmente. Entre elas, Niterói (região metropolitana), cuja população caiu de 459.451 para 441.078 entre 2000 e 2010, e Nova Iguaçu (Baixada Fluminense), onde o total passou de 920.599 para 767.505.
O levantamento do IBGE também apontou que houve aumento considerável em cidades como Rio das Ostras (Região dos Lagos), cuja população saltou de 36.419 para 101.508; e a vizinha Macaé, que cresce em função da economia do petróleo, e teve o número de moradores aumentado de 132.461 para 194.497 no período.
Há exemplos, ainda, de municípios cujo número de habitantes aumentou, mas não o previsto pela administração local. Um deles é Rondonópolis, em Mato Grosso, conhecido como capital nacional do agronegócio. A população da cidade, segundo dados do Censo 2010, passou de 150.227 para 189.975 em dez anos.
De acordo com o secretário de Governo, Milton Gomes da Costa, o município vai fazer o seu próprio levantamento, baseado em dados das secretarias de Saúde e Educação. Caso seja verificada a diferença esperada, a prefeitura também vai contestar o levantamento.
De acordo com o IBGE, as prefeituras têm até o dia 24 de novembro para apresentar suas avaliações sobre os números divulgados. Em caso de diferença, uma comissão vai avaliar as informações e as possibilidades de alteração. Até agora, o instituto não recebeu nenhuma contestação oficial por parte dos municípios.
O IBGE também informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que durante esse prazo as equipes de recenseadores continuarão nas ruas e podem retornar aos domicílios habitados, mas onde ninguém foi recenseado porque o morador não foi encontrado.
Para agendar a entrevista, a população pode ligar gratuitamente até o dia 24 para 0800 7218181 ou enviar formulário por meio do link http://www.censo2010.ibge.gov.br/cadastro_nao_recenseado.php Os resultados da coleta do Censo 2010 podem ser acessados no endereço http://www.censo2010.ibge.gov.br/
No dia 29 de novembro, será divulgado o resultado final das populações dos municípios.
Reginaldo: Meus amigos e minhas amigas, de todas as pessoas que conheço e tenho amizade, 80% delas nunca tiveram a visita de um recenseador em sua residência, nunca sequer viram uns deles.
Governo Federal gastou horrores com o Censo 2010, publicidade, contratação de mão de obra, vestuário e o famoso palmtop de algumas gerações.
Todo essa parafernália para quê?
É estranho em um mundo digitalizado o governo federal fazer essa gastança toda.
Hoje quando nasce uma pessoa simultaneamente todos os órgãos competentes já ficam sabendo, e quando há óbito é inverso.
É Título de Eleitor para cá é CPF para lá, será que não há como cruzar todas essas informações? É claro que há, e porque não se faz?
É porque o CENSO é mais chique, é mas verba usada, é dim-dim para todo mundo, só que os dados já existem. O resto é publicidade!
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