A questão numérica não é a questão central, diz Haddad sobre falhas no Enem.
Em audiência na Câmara dos Deputados, o ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (17) que a maior preocupação do ministério não é a quantidade de alunos afetados com as falhas na edição 2010 do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), mas garantir a isonomia de direitos dos estudantes.
“Se afetasse um aluno, para o Ministério da Educação seria o mesmo [preocupação], que é assegurar o direito individual. A questão numérica não é a questão central”, disse aos parlamentares presentes na Comissão de Educação e Cultura.
Um dia depois de ir ao Senado com o mesmo intuito, o ministro esclarece nesta manhã aos deputados as questões que envolvem as falhas na aplicação do Enem deste ano.
Em sua fala, Haddad voltou a defender o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) - responsável pelo Enem - e também a adoção do formato atual do exame, que permite, segundo ele, que uma nova prova seja aplicada sem que os inscritos sejam prejudicados com a diferença entre os testes.
“Em todas as edições do Enem, há problemas tópicos a resolver. O principal deles [no ano passado] foi resolvido com a adoção do [sistema da teoria] de reposta ao item. O Inep, preocupado com esta questão e atento ao fato de que isso seria discutido do ponto de vista de mérito, decidiu reformular o Enem, justamente para permitir que as provas fossem comparadas entre si”, explicou.
Haddad destacou que, por este motivo, não seria necessário reaplicar a prova para todos os alunos, apenas para aqueles afetados com os problemas de impressão nos cadernos de prova amarelo, com repetições e faltas de questões.
O ministro disse ainda que, apesar de achar desnecessária a reaplicação geral, o consórcio teria capacidade de corrigir os exames sem que isso prejudicasse o calendário universitário, uma vez que, de acordo com ele, pode-se corrigir 100 mil provas por dia.
“Se trata de verificar caso a caso pelo erro gráfico e reconvocá-los, sejam quantos forem, mas com a ordem de grandeza que estamos trabalhando que é de 0,1% dos 3 milhões que fizeram a prova”, disse o ministro sobre o que chamou de trabalho de “garimpo” - a análise das 116 mil atas das salas de aula para identificar os prejudicados.
Fala Brasil
Os alunos que se sentirem prejudicados por falhas no caderno amarelo podem entrar em contato com o serviço de atendimento do MEC, o Fala Brasil por telefone 0800-616161 das 8h às 20h. Outro meio de contato é por e-mail falabrasil@mec.gov.br . O Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) também possui um formulário eletrônico em seu site. Problemas com o gabarito também podem ser informado por esses canais.
Fonte: UOL
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