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segunda-feira, 7 de maio de 2012

TURISMO PREOCUPADO COM A NATUREZA

 
Turismo sustentável é qualquer tipo de turismo que seja economicamente viável, não destrua a natureza, não prejudique a comunidade local e, ao mesmo tempo, promova o desenvolvimento da região. Trata-se de um conceito teórico dentro do turismo que engloba ramos como o ecoturismo e turismo de aventura.
Dica de leitura
Confira alguns livros sobre ecoturismo sugeridos pela coordenadora do curso de Turismo da PUCPR, Raquel Panke Apolo:
>>> Ecoturismo e conservação da natureza em Parques Nacionais, de Sonia Kinker.
>>> Ecoturismo, de Patrícia Côrtes Costa.
>>> Desenvolvimento Sustentável do Ecoturismo, da Organização Mundial do Turismo.
>>> Ecoturismo: um guia para planejamento e gestão, de Kreg Lindberg e Donald Hawkins.
Remuneração ainda não é atrativa
Embora seja uma profissão com tendência a ganhar mercado, a remuneração a quem trabalha com turismo sustentável ainda não é tão atrativa. Segundo a coordenadora do curso de Turismo da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Raquel Panke Apolo, um recém-formado ganha entre R$ 1 mil e R$ 1,5 mil, valor que pode aumentar de três a cinco vezes se a agência pagar comissão por venda. Para um profissional com média de dez anos no mercado, a faixa salarial fica em torno de R$ 10 mil.

Foi-se o tempo em que o turismo se preocupava apenas com a diversão das pessoas. Hoje não basta visitar, também é preciso levar em conta a preservação do ambiente que se conhece. Para essa tarefa existe uma carreira que promete crescer nos próximos anos devido ao aumento da consciência ambiental, a de agente de ecoturismo.
O profissional que atua nessa área não é responsável apenas por levar turistas a lugares com belas paisagens naturais para fazer escalada, rafting ou caminhada. Ele precisa conhecer a cultura e a comunidade e propor passeios que fortaleçam economicamente a região, como visitas ao comércio de artesanato local. “Essa é a essência do ecoturismo, levar desenvolvimento sem poluir ou destruir”, diz a especialista em ecoturismo e coordenadora do curso de Turismo da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Raquel Panke Apolo.
Grande parte dos profissionais trabalha em agências, mas essa não é a única atividade. Quem optar pela carreira também pode atuar em órgãos públicos desenvolvendo projetos turísticos sustentáveis ou dando consultoria em institutos e reservas de preservação ambiental. “Ainda há muito mercado a ser explorado, pois uma das maiores riquezas do país é a natureza”, diz Raquel.
Habilidades
Para trabalhar na área, o profissional precisa ser amante da natureza e se interessar em preservá-la, ter criatividade, espírito aventureiro e disponibilidade para viajar para lugares que nem sempre têm infraestrutura. De acordo com o professor dos cursos de Turismo e Administração da Universidade Positivo Waldir Engenolf Prochnow, é comum que muitas agências se concentrem no interior dos estados, longe dos grandes centros, já que é lá que se encontram as paisagens naturais. “Quem escolhe essa carreira precisa gostar de cidades pacatas, pequenas e afastadas. Quem é essencialmente urbano muitas vezes pode não se adaptar.”
Entretanto, algumas agências que trabalham com ecoturismo conseguem sobreviver na capital. É o caso da Gondwana. A empresa atua exclusivamente com ecoturismo e leva pequenos grupos de turistas, no máximo 15 pessoas, para visitar áreas remotas e comunidades locais do Paraná e do resto do Brasil. “Geralmente, conhecemos o local antes, entramos em contato com quem mora lá para saber o que o ambiente oferece e qual a sua história”, conta Tatiana Rocha Nicz, uma das proprietárias da agência. “Quem escolhe essa carreira geralmente tem um propósito, uma ideologia, que é proteger a natureza e não apenas receber dinheiro pelo o que faz”, completa.

Fonte: Gazeta do Povo - Caderno "Vida na Universidade"

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