Turismo sustentável é qualquer tipo de turismo que seja
economicamente viável, não destrua a natureza, não prejudique a comunidade local
e, ao mesmo tempo, promova o desenvolvimento da região. Trata-se de um conceito
teórico dentro do turismo que engloba ramos como o ecoturismo e turismo de
aventura.
Dica de leitura
Confira alguns livros sobre ecoturismo sugeridos pela coordenadora do curso
de Turismo da PUCPR, Raquel Panke Apolo:
>>> Ecoturismo e conservação da natureza em Parques
Nacionais, de Sonia Kinker.
>>> Ecoturismo, de Patrícia Côrtes Costa.
>>> Desenvolvimento Sustentável do Ecoturismo, da Organização
Mundial do Turismo.
>>> Ecoturismo: um guia para planejamento e gestão, de Kreg
Lindberg e Donald Hawkins.
Remuneração ainda não é atrativa
Embora seja uma profissão com tendência a ganhar mercado, a remuneração a
quem trabalha com turismo sustentável ainda não é tão atrativa. Segundo a
coordenadora do curso de Turismo da Pontifícia Universidade Católica do
Paraná (PUCPR), Raquel Panke Apolo, um recém-formado ganha entre R$ 1
mil e R$ 1,5 mil, valor que pode aumentar de três a cinco vezes se a agência
pagar comissão por venda. Para um profissional com média de dez anos no mercado,
a faixa salarial fica em torno de R$ 10 mil.
O profissional que atua nessa área não é responsável apenas por levar
turistas a lugares com belas paisagens naturais para fazer escalada, rafting ou
caminhada. Ele precisa conhecer a cultura e a comunidade e propor passeios que
fortaleçam economicamente a região, como visitas ao comércio de artesanato
local. “Essa é a essência do ecoturismo, levar desenvolvimento sem poluir ou
destruir”, diz a especialista em ecoturismo e coordenadora do curso de Turismo
da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Raquel
Panke Apolo.
Grande parte dos profissionais trabalha em agências, mas essa não é a única
atividade. Quem optar pela carreira também pode atuar em órgãos públicos
desenvolvendo projetos turísticos sustentáveis ou dando consultoria em
institutos e reservas de preservação ambiental. “Ainda há muito mercado a ser
explorado, pois uma das maiores riquezas do país é a natureza”, diz Raquel.
Habilidades
Para trabalhar na área, o profissional precisa ser amante da natureza e se
interessar em preservá-la, ter criatividade, espírito aventureiro e
disponibilidade para viajar para lugares que nem sempre têm infraestrutura. De
acordo com o professor dos cursos de Turismo e Administração da Universidade
Positivo Waldir Engenolf Prochnow, é comum que muitas agências se concentrem no
interior dos estados, longe dos grandes centros, já que é lá que se encontram as
paisagens naturais. “Quem escolhe essa carreira precisa gostar de cidades
pacatas, pequenas e afastadas. Quem é essencialmente urbano muitas vezes pode
não se adaptar.”
Entretanto, algumas agências que trabalham com ecoturismo conseguem
sobreviver na capital. É o caso da Gondwana. A empresa atua exclusivamente com
ecoturismo e leva pequenos grupos de turistas, no máximo 15 pessoas, para
visitar áreas remotas e comunidades locais do Paraná e do resto do Brasil.
“Geralmente, conhecemos o local antes, entramos em contato com quem mora lá para
saber o que o ambiente oferece e qual a sua história”, conta Tatiana Rocha Nicz,
uma das proprietárias da agência. “Quem escolhe essa carreira geralmente tem um
propósito, uma ideologia, que é proteger a natureza e não apenas receber
dinheiro pelo o que faz”, completa.
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